Uma Rodoviária para Ipatinga: PLANTA DO SUBSOLO

“A Estação é uma carta de apresentação do estilo e do ritmo de vida do povo de uma cidade.Não raro também com alguns requintes e esnobação para mostrar principalmente, aos de fora sua vitalidade.É um ponto de encontro-espera e mesmo de partida de uma multidão que vive suas ilusões e seus anseios.Nela tudo é movimento, expressão mesmo da vida, que extravasa, mostrando a riqueza ou pobreza do seu meio.Ela é ainda uma confidente muito singular e especial, vendo e ouvindo cada pessoa que por ela passa,Ouve segredos e confidências, sem apresentar sequer um sinal de indiscrição que possa deixar qualquer um sem graça.Assiste às manifestações de amor e de carinho das mais diferentess pessoas nas mais diversas situações, respeitando com reserva aqueles que procuram seus caminhos levando seus sonhos, fomentando suas aspirações.Acolhe circunspecta, quem vai ou fica na saudade. Alegra-se com a vibração de quem retorna também.Recebe quem procura vencer, procurando uma nova cidade, não é indiscreta na curiosidade de saber quem é quem, embora seja por si mesma uma ambiente de passagem. Pra todos e qualquer um, tem a mesma atitude.Não poucas vezes também é refúgio da vadiagem. Por isto com todo carinho, apresenta ainda uma dose de inquietude.Na nossa região , a Rodoviária não tem aquele toque peculiar, talvez por ainda faltar a medida da dimensão humana, em toda a sua extensão e dignidade toda singular, pois todo mundo corre num ritmo de vida muito insano.Na estação, queremos um lugar para nossa alegria que deságua.”
Augusto Tavares

Uma Rodoviária para Ipatinga

PLANTA DO SUBSOLO

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