O CONCEITO

Caminhões ônibus interurbanos ônibus urbanos carros bicicletas e pé

Para se construir a nova estação rodoferroviária de Ipatinga, dois conceitos fundamentais.
O primeiro, numa visão mais macro, relacionando a estação com a cidade, com as cidades vizinhas e com as estradas que cortam Ipatinga.
O segundo, numa análise mais arquitetônica, organizando os fluxos de carros, ônibus e pessoas que entram ou apenas tangenciam a estação.
Conceito 1: implementar a estação sem descaracterizar o sistema viário existente.
Aproveitando a vocação da área - centro geográfico da cidade, cortada pela BR 381 e pela Vitória-Minas - e preservando ao máximo as vias existentes - sem alterar o traçado da BR, o acesso ao bairro Ideal e a atual estação ferroviária - as plataformas da nova rodoviária serão construídas no canteiro central, entre as pistas de subida e de descida da BR 381. E só os ônibus entram, sendo direcionados para duas plataformas: uma para os ônibus interurbanos (com acostamentos diagonais) e outra para os ônibus urbanos (com acostamentos longitudinais) que poderá se transformar em plataforma para VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), uma releitura moderna dos antigos bondes.
Conceito 2: não cruzar o fluxo das máquinas (carros e ônibus) com o fluxo de pessoas.
Com um grande saguão semienterrado, as pessoas poderão se deslocar livremente, sem a preocupação de atravessar ruas ou estradas. Usando o já rebaixado piscinão do bairro Ferroviários como estacionamento da nova estação, o pedestre circulará livremente - sem subidas ou descidas - desde o estacionamento (de carros, motos e bicicletas) até a plataforma do trem. Passando por baixo de cada pista da BR, o idoso, o obeso, o cadeirante, o pai empurrando um carrinho de bebê ou alguém carregando um excesso de bagagem poderá se deslocar com tranquilidade. E fica a cargo da arquitetura (com diferentes pés direitos, com taludes e com uma cobertura escultural) tornar esse percurso um verdadeiro passeio.

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